terça-feira, fevereiro 03, 2009


DIGNIDADE HUMANA

Cesare Ripa
"(…) Uma cultura da verdade é, necessariamente, marcada pelo cultivo da dignidade da pessoa humana, o que nos leva a considerar a relação entre a justiça e o amor.(…)"
Sé Patriarcal, 19 de Janeiro de 2004 † JOSÉ, Cardeal-Patriarca.

4 comentários:

  1. Porque não fazerem um texto para apresentarem o vosso projecto no Cogitare em Saúde! Seria colocado nos artigos de opinião!

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  2. A dignidade humana, torna-se a cada momento menos atingível, seja pelas crueldades quotidianas que a arruínam, seja pela crescente falta de respaldo teórico para seu exercício. Como o ser humano foi isolado do cosmos, da terra, do ambiente e do outro, já não há mais base crível para assentar o conceito de dignidade humana.

    O ser humano é digno por que? Se ele é uma excrescência do cosmos, uma falta de higiene da crosta terrestre, não tendo qualquer significação a não ser na interioridade de sua espécie, que valor tem sua vida, seu corpo, sua integridade e sua liberdade? Nesse sentido, o máximo que se pode chegar é à tolerância, isto é, uma forma de viver suportável entre adversários, um armistício precário entre animais carnívoros. Dignidade intrínseca do ser humano é uma perfumaria metafísica que não serve para nada.

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  3. Dignidade humana! Tema tabu para uns, vulgarizado por outros, mas afinal o que é? em que consiste? como se vê? como se avalia? existe mesmo? ou está dependente da consciência de cada um de nós? assim como um porteiro de um bar que selecciona as pessoas que podem ou não entrar... haverá algum avaliador para a dignidade humana? será digno matar para não morrer? quanto custa?

    A dignidade humana quanto mais agredida é, tanto mais se impõe como fronteira inviolável entre o humano e o não-humano. É por isso
    que hoje a dignidade humana, alicerçada nas responsabilidades, aparece ligada a expressões que vão desde a "qualidade de vida", ao "cuidado", à "carícia", à "compaixão"!

    Não é procurando reduzir à uniformidade o que é individualidade, mas cultivando esta, dentro dos limites impostos pelos direitos e interesses de terceiros, que os seres humanos se tornam dignos da sua condição, enriquecendo a própria sociedade de que fazem parte, tornando esta mais útil e profícua; e nós próprios mais orgulhosos dela fazermos parte; assim em proporção com a respectiva contribuição, cada pessoa sentir-se-á mais válida para consigo mesma e, nessa medida, mais útil para os outros.

    alguem outrora, certamente em momento filosofal ou até quem sabe boémico, disse: "No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem um preço, pode pôr-se, em vez dela, qualquer outra coisa como equivalente; mas quando algo está acima de todo o preço, e portanto não permite equivalente, então tem dignidade", concordo!

    Obrigado por este espaço! DIGNO da minha atenção :)

    P.S.: Mas quem é que anda aí?

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  4. Parabéns pela criação deste projecto! Soube deste espaço através de um programa de rádio e achei francamente interessante e de grande utilidade o nascimento deste blogue.
    Tenho o privilégio de poder relacionar-me com jovens deficientes mentais e, em parceria com eles, e demais pessoas da APPACDM -Unidade Funcional de Montemor-o-Velho, trabalharmos em projectos de âmbito artístico que visam, não só a inclusão, mas também a desmistificação da deficiência mental e promovem a auto-estima dos jovens envolvidos.
    Convido-vos a desvendarem um bocadinho daquilo que orgulhosamente levamos a cabo em:
    http://www.youtube.com/watch?v=NB0_4n0eRzc
    O maior sucesso nesta vossa empreitada.

    Lurdes Breda.

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